pensando no que seria oportuno, interessante, importante escrever,
vejo-me numa situação difícil,
pois a palavra Aluno me confronta
com aquilo que penso ser o aluno,
com aquilo que você, o aluno, pensa sobre
ser aluno e, mais, sobre ser meu aluno...
Bem, na realidade, esperava possuir
mais que alunos, quem sabe companheiros,
cúmplices, numa prazerosa (talvez nem tanto!)
tarefa de ensinar e de aprender.
Quem será que ensina e quem será que aprende?
Bem, na realidade, creio que quem mais aprende é
quem ensina, ..., que coisa gozada essa!
Mas, na realidade, não quero escrever sobre isto,
antes, quero registrar o quão importantes vocês
foram para mim.
Ao escrever me lembro
daqueles que sonhavam acordados,
olhando para o ar como que esperando
o materializar de algo especial, longínquo;
daqueles que falavam calados,
como que indagando silenciosamente o sentido daquilo tudo;
daqueles que conversavam entusiasmados,
como se a aula não existisse e eu,
bem, eu estava lá.
Ao escrever me lembro
daqueles que momentos antes das provas,
apavorados, procuravam compreender o incompreensível;
daqueles que momentos após as provas,
desolados, buscavam alternativas ao inevitável;
daqueles que em qualquer momento,
preparados, acompanhavam atentos a aula inigualável (foi a rima!),
como que inebriados pelo conhecimento e eu,
bem, em estava lá.
Ao escrever quero dizer
que vocês são importantes pelo que são
como pessoas que tem um alvo à frente e
lutam por conquistá-lo;
que vocês são importantes pelo que serão
como profissionais formados
em condição de objetivar alvos mais elevados;
que vocês são importantes, pois souberam
abrir o coração e a mente:
esta para aprender,
aquele para oferecer.
Obrigado, meus alunos,
e que outros mestres possam ter
a alegria que tive
ao tê-los como alunos.
FELIZ FINAL DE ANO A TODOS!